Após aquisições, Manuchar Brasil faz planos para investimento em inovação e capital humano
Eleita como uma das melhores empresas para trabalhar no Rio de Janeiro, a multinacional estimula a gestão colaborativa e segue planos para acelerar expansão
Pelo quarto ano seguido, a Manuchar, multinacional de origem belga, com atuação no mercado de distribuição, logística e trading global de produtos químicos, figurou entre uma das melhores empresas para se trabalhar no Rio. O prêmio foi concedido pelo Great Place to Work (GPTW), edição de 2022. A companhia conquistou a 23ª posição entre as 50 empresas que concorreram na categoria “médias empresas” (entre 100 e 999 funcionários).
O resultado consistente no GPTW reflete a estratégia definida por Renata Agualuza, CEO da Manuchar. Ao mesmo tempo que a executiva colocou em prática uma política participativa entre todos os colaboradores, de diferentes setores, a companhia tem conseguido superar os desafios trazidos pela pandemia por meio de investimentos na expansão de suas unidades de negócios e estímulos à uma mudança cultural que incentive a inovação.
Em setembro, foi concluído o closing (processo de finalização das operações de fusões e aquisições) para a compra de 100% das ações das empresas paulistas Cosmoquimica Indústria e Comércio Ltda. e Cosmolog Logística Ltda, depois do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
O negócio marca a entrada da Manuchar, que tem sede na Antuérpia, em novos segmentos, como o alimentício, farmacêutico e cosmético, ampliando os negócios tanto geograficamente quanto na oferta de novos produtos.
Segundo a CEO, a companhia vai seguir com um programa de aportes em infraestrutura, armazéns, robôs, promovendo o investimento em inovação e nos funcionários, apontados pela executiva como um dos pontos fortes da Manuchar.
Com a integração dos negócios, a Manuchar vai chegar a dez empresas no Brasil, seja como dona do capital total ou como sócia.
—Temos procurado adaptar a cultura da empresa à medida que percebemos novas necessidades entre nossos colaboradores e nos mercados em que atuamos. Isso se traduziu, por exemplo, em investimentos importantes no estímulo à uma cultura inovadora – diz a CEO da Manuchar Brasil.
Programas internos têm procurado atrair a participação de colaboradores de todos os setores e níveis hierárquicos na formulação de propostas que colaborem melhorias no dia a dia da empresa.
Neste ano, a Manuchar realizou pela primeira vez uma olimpíada de inovação entre seus funcionários para estimular a contribuição de todos com novas ideias para melhorar processos.
— Queremos que todos entendam que uma ideia inovadora não precisa ser necessariamente disruptiva, mas ainda assim podem desencadear mudanças positivas – salienta Renata.
Entre as propostas que vêm sendo analisadas estão a implantação de comitês internos, e formas de melhorar o uso de água e energia com o objetivo de evitar desperdício.
Segundo a CEO, a olimpíada de inovação foi importante por ter mostrado, na prática, que qualquer funcionário, independente do cargo ou de onde trabalha, traz um valor agregado, que é o fato de conhecer os processos da empresa.
— Todo mundo tem condição de ajudar e de inovar, impactando positivamente os stakeholders. Só assim uma empresa consegue se manter relevante de forma constante.
Outro reconhecimento recente veio da conquista da medalha de ouro da EcoVadis, plataforma internacional de classificação de sustentabilidade de negócio que avalia do ponto de vista ESG os riscos ambientais, sociais, éticos, práticas trabalhistas, direitos humanos e compras sustentáveis.